A atuação da UFMG na área nuclear começou em 1952 com a criação, na Escola de Engenharia, do Instituto de Pesquisas Radioativas – IPR. Em 1957, foi criado o Curso de Especialização em Engenharia Nuclear que formava especialistas no nível de pós-graduação. Este curso deu origem, em 1968, ao Curso de Pós-Graduação em Ciências e Técnicas Nucleares, CCTN, sendo este o primeiro curso de mestrado na área de Ciências Exatas da Universidade.
Na década de 1960, em colaboração com a Comissão Nacional de Energia Nuclear foi instalado no Campus da UFMG, o segundo reator de pesquisas do país – Triga Mark I (IPR-R1), cuja montagem foi executada por especialistas em engenharia nuclear formados na UFMG.
Em 1972, por um decreto do governo militar, o IPR foi transferido para a Companhia Brasileira de Tecnologia Nuclear, criada para atender ao Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Devido às divergências de finalidades, o Curso de Ciências e Técnicas Nucleares – CCTN foi transferido do IPR para o recém criado Departamento de Engenharia Nuclear da UFMG, a área de conhecimento em Engenharia Nuclear, em 1978, na qual esta instituição foi uma das pioneiras no país. Nos primeiros anos de sua constituição, o Departamento de Engenharia Nuclear também manteve o Curso de Especialização em Tecnologia Nuclear – CETN, que formava especialistas para o corpo técnico das instituições integrantes do Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Desde o início, o CCTN cobria ampla gama de áreas de conhecimento específicas da área nuclear como física e engenharia de reatores, segurança de usinas nucleares, aplicações de radioisótopos, instrumentação nuclear, técnicas de radioproteção e dosimetria.
Devido aos aspectos estratégicos das opções para geração de energia elétrica a partir de diversas fontes, entre as quais se inclui a energia nuclear, foi decorrência natural a inclusão no curso da área de planejamento energético em 1989. Em 1998, a área de concentração denominada Planejamento Energético passou a ser denominada de Engenharia da Energia. No final de 2005, com a aprovação do nível de doutorado, o curso, agora denominado Programa (PCTN), ficou organizado em duas grandes áreas de concentração: Ciências das Radiações e Engenharia Nuclear e da Energia. Em 2006 tivemos a primeira turma de doutorado. A primeira defesa de tese ocorreu no final do ano de 2008.